DÍVIDA DE MT: Casa Civil diz que Mendes desconhece dados e é “desonesto”
O secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho, criticou os números divulgados pelo pré-candidato ao Governo, Mauro Mendes (DEM), dando conta de que o Estado acumula R$ 3,6 bilhões em restos a pagar.
A informação foi dada na última semana, quando Mendes confirmou sua pré-candidatura ao Paiaguás. Segundo ele, os números estão contidos nos balanços do Governo, de janeiro a junho deste ano.
Na mesma semana, o secretário de Estado de Rogério Gallo refutou as informações e disse que a dívida do poder Executivo na verdade é de R$ 500 milhões (retirando as operações de crédito de obras).
“Se colocar na balança os servidores da Sefaz, com dados divulgados com responsabilidade contra alguém que nada conhece do Poder Executivo de Mato Grosso, não tem como comparar. Não vou dizer que ele conhece pouco, vou dizer que conhece nada”, disse o chefe da Casa Civil, sobre as declarações do ex-prefeito.
“No embate entre esses dois atores, prefiro ficar com quem sabe o que está falando, que é o secretário de Fazenda”, acrescentou Rodolpho, em entrevista ao programa "MT é Mais", da TV Brasil Oeste.
Ainda segundo Ciro Rodolpho, o pré-candidato Mauro Mendes estaria se aproveitando do processo eleitoral que se avizinha para lançar informações de maneira irresponsável.
“Fazer jogos de palavras, pinçar informações e trazer isso em programas curtos e editados é desonestidade com a informação. Digo isso com segurança, porque sou servidor há oito anos. Sou servidor do Controle e sei da responsabilidade com que esse assunto sempre foi tratado dentro do Governo”, afirmou.
Também na avaliação do secretário, o comportamento de Mendes não é o que se espera de uma pessoa que coloca seu nome como alternativa para disputar as eleições.
“Jogar esses números de contas públicas nesse caldeirão eleitoral, nesse momento, não é medida esperada de alguém que quer ser agente político”, criticou.
“O trabalho do governo Pedro Taques foi minucioso para equilibrar as contas públicas e entregar o que a população precisa. Todos os remédios estruturantes que estamos tomando, desde 2015, nos permitiu economizar R$ 1 bilhão”, concluiu.