Acusado de matar esposa há 19 anos preso em Rosário Oeste será julgado em São José de Piranhas
Ele trabalhava como vendedor de sorvetes em Rosário Oeste
Será realizado, no próximo dia 30, o julgamento pelo Tribunal do Júri de São José de Piranhas do comerciante Antônio Pedro da Silva, acusado de matar a esposa e abandonar nove filhos. O promotor de Justiça Pedro Henrique de Freitas Andrade será o representante do Ministério Público no julgamento.
De acordo com o promotor, no dia 10 de abril de 1996, um crime bárbaro chocou a população de São José de Piranhas (município localizado no Sertão da Paraíba a 492 quilômetros de João Pessoa) e região. O acusado Antônio Pedro da Silva, na época agricultor, então com 41 anos de idade, matou sua esposa, Francisca Coelho da Silva, doméstica, de 39 anos, com seis golpes de faca, sem possibilitar qualquer chance defesa para a vítima, motivado pela recusa dela em reatar a convivência conjugal com o acusado.
Segundo a filha do casal, Vera Lúcia Coelho da Silva, que prestou depoimento no processo, sua mãe estava na casa da testemunha Izabel Monteiro Leite, quando no dia 10 de abril de 1996, por volta das 20h, o acusado – que havia chegado na cidade no dia anterior, vindo de São Paulo, onde se encontrava trabalhando há cerca de um ano – invadiu a residência e, sem possibilitar qualquer chance de defesa a Francisca Coelho da Silva, desferiu-lhe seis golpes de faca, fugindo logo em seguida do local. Apesar de a vítima ter sido socorrida para o hospital, morreu poucos instantes depois.
Ainda segundo Vera Lúcia, a vítima estava separada de fato do acusado havia mais de um ano, mas o acusado não se conformava com a separação, tendo sido este o motivo do crime.
Segundo consta do processo, o acusado abandonou os nove filhos na cidade de São José de Piranhas, tendo permanecido 19 anos foragido da Justiça, até ser preso em fevereiro de 2016, em Rosário Oeste, em Mato Grosso, onde era casado desde o ano de 2003 e trabalhava como vendedor de sorvetes. “O julgamento é aguardado com muita ansiedade pela família da vítima e por toda a sociedade local”, informa o promotor de Justiça Pedro Henrique de Freitas Andrade.