“Vamos sentar com a Assembleia e discutir o orçamento de 2019”
Candidato ao Governo diz querer que recursos melhorem situação da Saúde em Mato Grosso
O candidato ao Governo Mauro Mendes (DEM) afirmou que, caso eleito, irá propor mudanças no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2019, enviada à Assembleia Legislativa pelo governador Pedro Taques (PSDB), que tenta a reeleição.
A proposta prevê entre receita e despesa um orçamento estimado em R$ 19 bilhões e tramita no Legislativo desde o primeiro semestre.
“Eu acredito que os deputados serão sensíveis e vão esperar o resultado das eleições para que possam discutir com o próximo governador. Se for a vontade de Deus e do povo que eu seja esse governador, nós vamos sentar com a Assembleia e discutir esse Orçamento de 2019”, afirmou.
De acordo com o candidato, seu objetivo é fazer com que se aumente os recursos para o setor da Saúde.
“Vamos fazer uma análise com mais profundidade e certamente haveremos de encontrar mecanismos para enxugar aquilo que é possível, economizar o que é possível, investir principalmente na Saúde, que será nossa grande prioridade no primeiro ano da gestão”, disse.
Até o momento, a peça orçamentária não foi votada pelo Legislativo. O presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), já disse acreditar que o correto será encerrar as eleições para que o próximo gestor possa decidir sobre a peça.
Mendes, entretanto, negou que tenha pedido a Botelho para segurar a votação.
“Não fiz nenhuma conversa nesse sentido. Mas não votar agora é de bom termo. Entretanto, meu foco é pedir voto, ganhar as eleições. Eu não posso ficar pensando no pós-eleição”, afirmou.
“Tenho que esperar o dia 7, o mês de outubro, quando o eleitor vai dizer quem ele quer que governe Mato Grosso nos próximos anos. Estou na frente, mas não significa que já ganhei as eleições. Não posso agir como se governador já fosse”, completou.
A peça
A LDO estabelece diretrizes para a Lei Orçamentária Anual (LOA). No projeto enviado pelo Governo, o Orçamento total previsto na peça de 2019, de R$ 19 bilhões, é 6,55% menor que o orçamento de 2018, estabelecido em R$ 20,3 bilhões.
Outra redução é quanto ao orçamento dos Poderes e instituições. Os valores a menos estão previstos na Emenda Constitucional do Teto de Gastos.
Para o Poder Executivo são previstos R$ 15,9 bilhões. Para o Tribunal de Justiça estão previstos R$ 1,016 bilhão. Já a Assembleia Legislativa fica com R$ 506 milhões e R$ 357 milhões foram reservados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para o Ministério Público Estadual serão destinados R$ 410 milhões e R$ 126 milhões para a Defensoria Pública.
Com a folha salarial, a LDO prevê gastos de R$ 12,02 bilhões somente no Poder Executivo e R$ 14,06 bilhões no total.