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Silval pede "hombridade" a conselheiros e diz ter prova de crimes

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Fonte: Mídia News

O ex-governador Silval Barbosa afirmou ter apresentado provas de que pagou propina aos cinco conselheiros que foram afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no ano passado.

Na última semana, o conselheiro Antônio Joaquim convocou uma entrevista coletiva e disparou críticas contra Silval, a quem ele classificou como “bandido e gângster confesso”.

Segundo Joaquim, seu afastamento ocorreu sem um lastro de prova, com base apenas nas declarações contidas na delação do ex-governador, que confessou e foi condenado por crimes de corrupção, desvio, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

“Não estou acusando falsamente ninguém. Só estou mostrando o que ocorreu no Governo e a responsabilidade de cada um, para que a população tenha conhecimento do que aconteceu de fato”, disse Silval, na tarde desta terça-feira (3), antes de prestar depoimento à Controladoria-Geral do Estado.

“Em relação ao que Antonio Joaquim falou, tudo que eu tenho é documentado. Tudo que passei para o TCE de propina, da extorsão dos conselheiros e que era encabeçada pelo José Carlos Noveli e Sergio Ricardo. Mostrei documentos. Tudo está documentado”, acrescentou o ex-governador.

Na oportunidade, Silval sugeriu ainda que os conselheiros, incluindo Antonio Joaquim, deveriam parar de atacá-lo e delatar fatos criminosos dos quais eles participaram.

“É direito 'jus esperneandi' deles dizer que é mentira, porque estão na posição de se defender. O que eles tinham que fazer é colaborar também e contar o que aconteceu e pagar pelos erros que cometemos”, disse.

“Eles, como membros de um órgão controlador, deveriam ter hombridade de falar a verdade e não ficar me atacando. Eu estou com minha consciência tranquila”, concluiu o ex-governador.

Entenda o caso

A decisão que afastou os conselheiros é do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), relativa à Operação Malebolge.

Foram afastados Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli, Valter Albano, Antonio Joaquim (então presidente) e Waldir Teis.

Os conselheiros são suspeitos de terem recebido propina de R$ 53 milhões de Silval para, em troca, dar pareceres favoráveis às contas do político e de não colocar entraves nas obras da Copa do Mundo de 2014.

Quanto a Antonio Joaquim, também paira a suspeita de participação de um esquema de lavagem de dinheiro na compra e venda de uma fazenda, localizada no Município de Nossa Senhora do Livramento (47 km ao Sul de Cuiabá).

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