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O velho na organização

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Fonte: Mídia News

A experiência conta muito numa organização administrativa, apesar das constantes modernizações, estas, tem como base, os fatos e acontecimentos passados, porque o moderno se esgota no segundo seguinte.

O grande administrador terá sempre em seus quadros pelo menos um “Velho Senhor” em seu Conselheiro Diretor, porque cada fato novo tem suas raízes lá no passado, e por isso, é que os “velhos senhores” tem uma visão geral de todo daquilo que evolui para hoje ser moderno.

A parte mais difícil é aguentar a resistência do “velho senhor” na implementação das mudanças, porque parte daquilo que ele ajudou a construir, vão ficando para traz ou sendo substituído por tudo que é moderno, equipamentos novos e a TI sendo implantada em todos os setores, dando mais velocidade nas ações e desenvolvendo arquivos eletrônicos quase infinitos e disponíveis ao toque das mãos.

Com raríssimas exceções, ainda encontramos administradores que mantêm em sua equipe um “velho senhor”, e estes que assim o faz, já sabem que muitas respostas ou decisões futuras podem ser encontradas com um simples conselho do “velho senhor”, pois este tem a visão histórica e periférica de todas as atividades da empresa.

As atividades da empresa, é sempre muito corrida e produtiva, e não tem mais espaço para os velhos senhores, porque este, está sempre mal humorado e critica tudo que passa por mudanças. A maioria do setor que trabalhava com um “velho senhor” na equipe, sentem inoportuna a presença desse trabalhador já ultrapassados, no entendimento dos jovens.

Um belo dia, o velho resolveu abandonar as suas atividades e disse que iria aposentar-se. E os colegas de sala, sentiram-se aliviados, achando que dali por diante os serviços iriam ser mais tranquilos e produtivos.

Para surpresa dos jovens trabalhadores, o Diretor Geral, foi até a casa do velho, e pediu para que voltasse a frequentar a empresa. O velho recusou-se no início, e só aceitou quando lhe foi oferecido um bom salário para participar como conselheiro.

A história logo se espalhou. Os colegas trabalhadores, revoltados, queriam saber como um Diretor Geral, podia recompensar alguém que não tinha nada a acrescentar na atividade da empresa.

– Na verdade, eu vou apenas pagar alguém para dar suas aulas diariamente para você– foi a resposta.

– Como? – insistiram os colegas de serviço.

– Tudo que ele faz vai totalmente contra aquilo que o senhor prega como forma de modernizar da produção da empresa!

– Exatamente

– Sem ele por perto, vocês custariam muito a aprender o que é raiva, intolerância, impaciência, falta de compaixão.

“Vocês nunca vão me entender e vão demorar muito para aprender a viver em harmonia, e eu recontratei este “velho senhor” para ajudar a ensiná-los – pelo caminho

oposto”.

Tenho muito respeito pelos mais velhos. Para mim a palavra “velho senhor” é sinônimo de sábio. Os povos africanos lamentam muito quando morre um velho, dizem

mesmo que é como se toda uma biblioteca ardesse.

WILSON CARLOS FUÁH é especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

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