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EUA anunciam envio de 3 mil soldados ao Oriente Médio após morte de general iraniano

G1

Os Estados Unidos estão enviando quase 3 mil soldados adicionais para o Oriente Médio, como medida de precaução após ameaças às forças americanas na região, de acordo com anúncio do Pentágono nesta sexta-feira (3). Os militares são da unidade da 82ª Divisão Aerotransportada (Carolina do Norte) – conforme informações da agência Reuters.

De acordo com a Associated Press, que conversou com autoridades do governo americano em condição de anonimidade, cerca de 750 soldados dessa unidade militar já haviam sido enviados para o Kuwait no início desta semana, depois de ataques à embaixada americana em Bagdá, no Iraque, atribuído a membros de milícias iranianas.

Segundo o jornal americano "The New York Times", que ouviu uma fonte no Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono já vinha preparando, nesta semana, 4 mil soldados com base em Fort Bragg, na Carolina do Norte.

Os soldados enviados a partir de agora se unirão àqueles que já estavam no Kuwait.

O Irã prometeu vingança aos Estados Unidos após o ataque aéreo que matou o general iraniano Qassem Soleimani, um dos comandantes de mais alto escalão do país e com crescente influência no Oriente Médio.

O dramático ataque, autorizado pelo presidente Donald Trump, foi uma escalada na já tensa relação entre os dois países e aliados, principalmente Israel e a Arábia Saudita.

Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um reunião em Terrã, no Irã — Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP, Arquivo

Qassem Soleimani tinha 62 anos e era um alto líder das forças militares iranianas. Herói nacional, ele foi o general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, um braço paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

Soleimani era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país. Muito próximo ao líder supremo, ele sobreviveu a diversas tentativas de assassinato nas últimas décadas.

Sobre a morte de Soleimani

A morte do general Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do Irã, marca mais um capítulo da escalada de tensão entre os governos iraniano e norte-americano.

O líder da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, foi atingido nesta quinta-feira (2) em um bombardeio ordenado por Donald Trump, em Bagdá, no Iraque.

Em nota, o Pentágono culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos.

Enquanto líderes iranianos falam em "vingança", a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pede aos cidadãos norte-americanos que estão no Iraque que deixem o país o mais rápido possível, por via aérea ou terrestre.

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