O time de Tite deu adeus a Copa do Mundo num jogo cheio de alternativas e com dois tempos distintos
Na primeira etapa a Bélgica foi infinitamente superior ao Brasil e chegou fácil aos dois a zero.
Em grande atuações de Lukaku e precipalmente da dupla Hazard e De Bruyne, que destruíram o time brasileiro. Usando a "gíria" futebolística, os craques belgas 'engoliram' o meio-campo do time canarinho (formado por Paulinho, Fernandinho e Coutinho); e o placar poderia ter sido maior, não fosse a presença sempre marcante da dupla de zaga brasileira.
Já na etapa final, o Brasil dominou às ofensivas. Mas de maneira meio desorganizada, embora, por pouco não tenha chegado à igualdade. Já a Bélgica, se preocupou mais em marcar e segurar o resultado construído no primeiro tempo.
Por conta da forte marcação belga, o Brasil encontrava dificuldades para furar o bloqueio defensivo "vermelho" e nas raras oportunidades que os atacantes brasileiros conseguiram, esbarraram na grande atuação do goleiro Cortoys.
Contudo, no contexto geral, a Bélgica foi melhor e mereceu a vitória. O Brasil pagou caro pela falta de brilhantismo de alguns de seus principais jogadores.
Gabriel Jesus fez uma péssima copa e passou em branco, inadmissível para um camisa 9.
Paulinho esteve irreconhecível. Sua única boa atuação foi contra a Costa Rica. Outro que teve uma atuação abaixo da crítica foi Fernandinho.
Philippe Coutinho jogou bem só os dois primeiros jogos. Depois caiu de rendimento. Contra a Bélgica ficou devendo.
William só jogou bem contra o México. E nada mais.
Neymar nem de longe lembrava o craque que é considerado um dos três melhores do mundo. Nesta copa era foi mais lembrado pelas quedas mirabolantes do que pelo seu futebol.
Marcelo mostrou que é muito bom no apoio ao ataque, mas é ineficiente na marcação. A Bélgica teve uma avenida pela frente, tamanha a facilidade que o time europeu encontrou no no seu lado de campo. Vagner discretissimo. Pouco apoiou e alguns momentos comprometeu a defensiva brasileira.
Alissom não teve culpa nenhuma nos gols. E o destaque foi a dupla zaga, composta por Miranda e Tiago Silva que se mostraram seguros em campo.
Tite, em contrapartida, se mostrou um técnico pragmático. Sempre fazendo as mesmas mudanças e insistindo em jogadores que não vinham produzindo o esperado em campo, como Gabriel Jesus e Paulinho. Demorou para colocar Douglas Costa (só aos 12 minutos do segundo tempo), e mesmo assim ele foi o destaque do time neste amarga derrota.
Num todo, o Brasil fez uma copa razoável. Na primeira fase enfrentou times de pouca tradição e mesmo assim encontrou dificuldades. Contra o freguês de sempre México, também teve sua melhor atuação, embora também tenha sofrido na primeira etapa e só garantiu a vitória nos minutos finais.
Era um time que ganhava, mas não empolgava. E quando enfrentou um time mais "cascudo" e de boa técnica, acabou derrotado. Em síntese, para um time que tinha um elenco cheios de jogadores renomados e conhecidos internacionalmente, o Brasil, nono âmbito geral, ficou devendo nesta Copa.