Acorizal tem um médico para seis mil habitantes
Cidade a 60 km da capital vive caos na saúde e adota 'ambulancioterapia'
A falta de medicamentos e profissionais da saúde é atribuída ao gasto excessivo do atual prefeito, Arcílio Jesus da Cruz, o popular Chindo, no ano de eleição, que mesmo assim não obteve sucesso nas urnas.
“O prefeito Chindo gastou demais, prometeu muitos empregos, contratou muita gente antes da eleição, quando viu que o resultado não foi favorável, teve que dispensar praticamente todo pessoal. Nós vivemos hoje um verdadeiro abandono”, declarou um morador ao Muvuca Popular.
O vereador e presidente da Câmara Municipal, Adão Neponoceno (PSDB), procurou a secretaria municipal de saúde e confirmou o alto índice de demissões, como também a existência de apenas um médico, do Programa Federal Mais Médicos, para atender toda população da cidade.
Em visita surpresa ao Posto de Saúde, o vereador constatou o abandono. “Faltava remédio, não tinha fisioterapeuta, mesmo com uma lista de pacientes para serem atendidos, sem pediatra, o quadro é de total omissão, até o transporte de pacientes para Cuiabá disseram que iam cortar”, ressaltou Adão.
Nas outras secretarias falta praticamente tudo desde água para beber a papel e tinta para impressora e até papel higiênico. Segundo informações de alguns servidores, desde o início do mês de novembro de 2016 houve uma ordem para cortar gastos afim de enquadrar as contas da gestão. O resultado é a falta de atendimento a população.
Hoje, o Posto Médico está com boa parte da fiação queimada, a ala onde pacientes tomam medicamento está sem energia, e há relatos de que a iluminação chega a ser feita com lanterna para tomar soro.