Nobres: vereador muda de lado e se afunda
Ao perceber que estaria fora do páreo eleitoral, o vereador Nem do Açougue (PSD) tentou uma cartada desesperada e mudou de lado, apostando na vitória do PSB. Deu errado e o ainda vereador sucumbiu aos próprios erros, finalizando a sua claudicante trajetória de forma vexatória.
Após duas eleições sem conseguir vencer, mudou de lado e foi erguido pelo sub-prefeito Acendino Souza que o levou ao PSD, onde conseguiu a sua primeira e também a derradeira eleição.
No mandato, a partir do segundo biênio (2019/2020), passou a criticar o companheiro Acendino que o ajudou a se eleger.
Antes da eleição, conforme mostra vídeo da Câmara Municipal de Nobres, Nem do Açougue voltou à carga e citou que secretário que quisesse pedir voto para candidato, deveria afastar-se do cargo.
Pressentindo a derrota, o ainda vereador Nem subiu ao palanque do candidato do seu grupo para deixar evidente o seu descontentamento com a administração do prefeito Leocir Hanel (PSDB), deixando também a impressão e a posição revelada de que estaria do outro lado.
Com votação abaixo da média e com um pequeno curral montado na aldeia indígena, Nem não conseguiu eleger-se a um novo mandato e resolveu partir para a crítica contra o prefeito reeleito, transferindo ou querendo transferir os próprios erros a quem sempre defendeu.
Uma obra não concluída de asfaltamento na Roda d’Água é o ponto de descarga do vereador derrotado, que não se conforma que o seu barco naufragou e parte para a crítica em momento errado, quando teve um mandato inteiro para fazer as próprias escolhas.
Nem ele (Nem do Açougue) foi eleito e nem o lado para o qual se mudou não ganhou e vai ter que amargar quatro longos anos analisando sobre onde foi que errou. O vereador que consegue a reeleição na zona rural é preciso ser muito bom e não se perder nos caminhos da legislação, nem sempre pela causa do povo, mas em causa própria.
Aqueles que nunca desperdiçaram a verba indenizatória e ainda os que pretendiam contar com o décimo terceiro no Legislativo para o legislador, a maioria absoluta foi despejada do Parlamento.