Justiça mantém prisão de Policiais Militares acusados de sumirem com jovem em Rosário
Manutenção da prisão realizada pela Polícia Civil no dia 10 de março foi deferida pela juíza Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, no dia 22 de março
Justiça decide manter preso sargento e dois soldados da Polícia Militar acusados da morte e ocultação do corpo do de Ronaldo Vargas Cunha, 25, visto pela última vez entrando em uma viatura, na noite de 13 de dezembro do ano passado, em Rosário Oeste (128 km ao norte).
Manutenção da prisão realizada pela Polícia Civil no dia 10 de março foi deferida pela juíza Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, no dia 22 de março. A magistrada acatou o parecer do Ministério Público para manutenção das prisões preventivas dos policiais.
Os três foram presos na “Operação Amarildo” deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp), após investigação comandada pelo delegado Fabiano Pitoscia.
O sumiço ocorreu por volta das 23h, próximo do posto de saúde da cidade. No local da abordagem só ficou a bicicleta que Ronaldo usava para sua locomoção. O jovem, que estava desempregado, atuava normalmente como trabalhador braçal em propriedades rurais. Morava com a avó de 72 anos.
Na denúncia consta que Ronaldo, dias antes de desaparecer, relatou a familiares que o sargento Odjarma o ameaçou de morte e disse que a família não iria nem achar o corpo dele.
Os acusados alegam que Ronaldo chegou a ser abordado, mas foi liberado em seguida, negando qualquer participação no crime.
Investigação da Polícia Civil também usou informações do monitoramento da viatura usada pelos PMs no dia do desaparecimento.
Na transcrição da trajetória da viatura “verificou-se a existência de inconsistências, havendo diversos pontos de parada descritos na trajetória e que não foram mencionados pelos investigados, notadamente no que se refere a indicação de que a viatura na noite dos fatos esteve no meio da ponte que passa sobre o rio Cuiabá e ali permaneceu a 0km/h por cerca de 30 segundos, situação em que os investigados informam que realizaram verificação na bomba d’água a qual fica na cabeceira da ponte e não no meio, não apresentando justificativas quanto a essa parada”.
Familiares de Ronaldo ainda cobram dos acusados pela morte dele a revelação do local onde o corpo foi deixado, para sepultá-lo.