Rosário Oeste e mais dois municípios correm risco de surto de dengue. População precisa se cuidar
Apesar da notícia que foi repercutida no estado dando conta de que Rosário Oeste corre risco de ter surto de dengue, o Setor de Endemias da Prefeitura há vários dias já está trabalhando a todo vapor para combater esse risco e deixar a população alerta.
Como forma de combate foram realizados mutirões nos principais bairros da cidade. Na Cohab Nossa Senhora do Rosário o mutirão aconteceu no dia 16 deste mês, no centro da cidade o mutirão de limpeza aconteceu nos dias 17 e 18, no bairro Nossa Senhora Aparecida, que é o maior bairro da cidade o mutirão aconteceu nos dias 19 e 23. No dia 24 o mutirão foi no distrito de Bauxi.
Segundo as informações da Coordenadora do Setor de Endemias da Prefeitura Madalena Besa e da Coordenadora de Campo Cátia Zanatta, nesses locais foram realizados orientações aos moradores, eliminação dos focos do mosquito, tratamento e coleta do lixo da Dengue (Secretaria de Infraestrutura), e palestras para a comunidade. Segundo elas, o principal objetivo dessas ações seriam diminuir o índice de infestação predial (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti – LIRAa) para baixar o índice de 4,3 que coloca o município em situação de risco.
De acordo com o LIRAa, o município é dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices de infestação predial:
Inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias
De 1% a 3,9%: estão em situação de alerta
Superior a 4%: há risco de surto de dengue
Madalena nos informou também que o Setor de Endemias possui somente 11 pessoas disponíveis para trabalhar no combate a doença. Além do combate, algumas dessas pessoas ainda têm que realizar a cobertura de suas respectivas área de atuação no combate a outros tipos de doenças além da dengue.
Atualmente o município de Rosário Oeste possui 47 casos notificados. A Coordenadora de Campo e Bióloga Cátia Zanatta nos informou que o setor somente pode agir de forma mais específica quando existe a notificação de possíveis casos. Segundo ela, a partir da notificação 9 quarteirões no entorno da área notificada é bloqueada com veneno para combater o mosquito.
Outro ponto que nos chamou a atenção na conversa com a Coordenadora do Setor de Endemias da Prefeitura é que a população reclama constantemente da falta d’agua no município. Essas pessoas adquiriram o costume de armazenar água. Essa água armazenada pode ser local de focos de mosquito da dengue. Daí entra a importância da população se conscientizar e ajudar no combate a doença, pois quem pode e deve limpar os quintais e eliminar os focos do mosquito são os donos dos vários lotes que formam a cidade de Rosário Oeste.
Veja abaixo a reportagem do G1-MT
Três municípios de Mato Grosso estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. O cenário, que inspira preocupação, é resultante de um levantamento divulgado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Saúde, segundo o qual mais de 4% das casas visitadas nas cidades de Nobres, Rio Branco e Rosário Oeste continham larvas do mosquito vetor das doenças, o Aedes aegypti.
Dentre os três municípios mato-grossenses com índices que sugerem risco, a pior situação é de Rio Branco, a 367 km de Cuiabá, onde foram encontradas larvas do Aedes aegypti em 5% das casas. O índice é menor em Rosário Oeste (a 133 km da capital), com larvas em 4,3% das residências. Já em Nobres, a 151 km de distância, o índice ficou em 4%. O estado tem ainda 14 municípios em estado de alerta e 28 em estado satisfatório.
Levantamento
Ao todo, 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto das três doenças. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta terça-feira (24) emBrasíliax, como resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).
Entre as 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Rio Branco está em situação de risco. Cuiabá está entre as sete capitais em estado de alerta, assim como Aracaju, Recife, São Luís, Rio de Janeiro, Belém e Porto Velho.
Na capital mato-grossense, larvas do mosquito foram encontradas em 3,4% das casas. Os depósitos mais comuns de larvas de mosquito foram encontrados em recipientes de armazenamento de água (277), em depósitos domicíliares (32) e em locais com lixo (34).
Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes, aumento de 22,4% se comparado ao número de municípios em 2014.
O levantamento identificou a presença do mosquito Aedes albopictus, que pode também transmitir a chikungunya, em 262 municípios do país.
Em relação ao Zika, até esta terça-feira (24), 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus: Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernamebuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.
Fonte: Manoel Netto