Enfermeiros revelam situação dramática e acionam MPE para lockdown em Cuiabá e VG
Em ofício encaminhado ao procurador geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso recomendou a decretação do lockdown nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande como forma de conter a disseminação da Covid-19. Além disso, a entidade sugere a implantação de hospitais de campanha no Estado para atender os pacientes que vierem a ser contaminados com o novo coronavírus no Estado.
A nota recomendatória foi encaminhada nesta segunda-feira. Ela tem como base os números da Covid-19 no Estado e também as projeções futuras da doença feita pela Universidade Federal de Mato Grosso. “No mesmo sentido, a carência crônica de leitos no interior do estado para atender a população local, neste momento de pandemia, escancara a precariedade do sistema de saúde estadual, ocasionando na habitual transferência dos pacientes para Cuiabá e Várzea Grande”, diz trecho da nota.
A categoria diz ter legitimidade em fazer o pleito, já que atua na linha de frente no atendimento aos pacientes. “Por ser uma categoria que se encontra na linha de frente ao enfrentamento à pandemia, observamos o aumento do número de profissionais infectados, que normalmente atuam em unidades de saúde pública e privada, provocando a infecção comunitária do vírus e a sua propagação em massa entre os profissionais e os usuários”, diz.
A nota aponta que, atualmente, 45% dos leitos de UTIs destinados a Covid-19 estão ocupados no Estado. Os números mostram ainda que nos últimos dias houve um crescimento vertiginoso de infectados em estado grave.
O sindicato ainda critica a liberação das atividades econômicas em várias cidade. “E mesmo com a dramática situação que se aproxima, o município de Cuiabá e vários municípios do interior iniciaram o processo de flexibilização das atividades comerciais, mesmo com os prognósticos que apontam para a necessidade de recrudescimento das medidas de isolamento social, o que poderá provocar em pouco tempo o colapso do sistema de saúde”, assinala a nota.
Após as explanações, o sindicato pede a restrição geral da circulação de pessoas nas duas maiores cidades do Estado, “adotando providências para o monitoramento do aumento no número de casos frente à capacidade do sistema de saúde, público e privado, para atender à demanda que se avizinha, tanto de leitos de internação e UTIS, EPIs e de pessoal para dar suporte ao combate ao Covid-19, junto às autoridades e estabelecimentos de saúde”. Na sequência, sugere a implantação de hospitais de campanha no Estado ou adaptação de leitos, principalmente no interior. “Inclusive, se julgar o caso, em parceria com a iniciativa privada –, visando distribuir melhor os leitos de UTI para todo o Estado e, ainda, evitar a sobrecarga dos poucos disponíveis em Cuiabá e Várzea Grande”, comenta.
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde no último domingo, Mato Grosso registro 4.033 casos da doença. Até então, eram 113 óbitos, mas nesta segunda já foram registradas outras quatro mortes pela doença no Estado.
Segundo o boletim da SES, dos mais de 4 mil infectados, 2.437 estão em isolamento domiciliar e 1.243 estão recuperados. Há ainda 240 pacientes hospitalizados, sendo 118, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 122, em enfermaria.
A nota recomendatória foi encaminhada nesta segunda-feira. Ela tem como base os números da Covid-19 no Estado e também as projeções futuras da doença feita pela Universidade Federal de Mato Grosso. “No mesmo sentido, a carência crônica de leitos no interior do estado para atender a população local, neste momento de pandemia, escancara a precariedade do sistema de saúde estadual, ocasionando na habitual transferência dos pacientes para Cuiabá e Várzea Grande”, diz trecho da nota.
A categoria diz ter legitimidade em fazer o pleito, já que atua na linha de frente no atendimento aos pacientes. “Por ser uma categoria que se encontra na linha de frente ao enfrentamento à pandemia, observamos o aumento do número de profissionais infectados, que normalmente atuam em unidades de saúde pública e privada, provocando a infecção comunitária do vírus e a sua propagação em massa entre os profissionais e os usuários”, diz.
A nota aponta que, atualmente, 45% dos leitos de UTIs destinados a Covid-19 estão ocupados no Estado. Os números mostram ainda que nos últimos dias houve um crescimento vertiginoso de infectados em estado grave.
O sindicato ainda critica a liberação das atividades econômicas em várias cidade. “E mesmo com a dramática situação que se aproxima, o município de Cuiabá e vários municípios do interior iniciaram o processo de flexibilização das atividades comerciais, mesmo com os prognósticos que apontam para a necessidade de recrudescimento das medidas de isolamento social, o que poderá provocar em pouco tempo o colapso do sistema de saúde”, assinala a nota.
Após as explanações, o sindicato pede a restrição geral da circulação de pessoas nas duas maiores cidades do Estado, “adotando providências para o monitoramento do aumento no número de casos frente à capacidade do sistema de saúde, público e privado, para atender à demanda que se avizinha, tanto de leitos de internação e UTIS, EPIs e de pessoal para dar suporte ao combate ao Covid-19, junto às autoridades e estabelecimentos de saúde”. Na sequência, sugere a implantação de hospitais de campanha no Estado ou adaptação de leitos, principalmente no interior. “Inclusive, se julgar o caso, em parceria com a iniciativa privada –, visando distribuir melhor os leitos de UTI para todo o Estado e, ainda, evitar a sobrecarga dos poucos disponíveis em Cuiabá e Várzea Grande”, comenta.
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde no último domingo, Mato Grosso registro 4.033 casos da doença. Até então, eram 113 óbitos, mas nesta segunda já foram registradas outras quatro mortes pela doença no Estado.
Segundo o boletim da SES, dos mais de 4 mil infectados, 2.437 estão em isolamento domiciliar e 1.243 estão recuperados. Há ainda 240 pacientes hospitalizados, sendo 118, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 122, em enfermaria.
Folhamax